Sim, tu vais morrer amanhã, "ouve" o que te digo!
Mas não vais só, vou eu, vamos nós e vós. Todos nós e todos vós amanhã haveremos de morrer. Pode não ser já amanhã mas será de certeza num amanhã que se aproxima, que será amanhã.
E por ser amanhã, nada melhor que aproveitar o hoje, o presente, como se fosse realmente um presente surpresa à muito desejado e que amanhã nos vai ser retirado.
Amanhã, ainda falta amanhã, mas o hoje está acabar e o amanhã é já amanhã.
Apressei-vos pasto de vermes, pois aos vermes voltaremos amanhã e o vosso, nosso presente será esquecido, não hoje, talvez amanhã. Porque amanhã já não estará cá quem esteve hoje, e se ainda restar alguém nesse amanhã, no amanhã de amanhã não restará ninguém de hoje ou de amanhã.
E por não ver que o amanhã se vai tornar hoje, continuo a olhar apenas o hoje e ás vezes o hoje que foi hoje, mas nunca será amanhã.
Até amanhã, ou então não!
Escrito no final do hoje com esperança no amanhã
carpe omnium